SÓ NÃO ENVELHECE QUEM MORRE CÊDO !

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
SOU UMA PESSOA MUITO PREOCUPADA COM A SAÚDE E BEM ESTAR DAS PESSOAS IDOSAS E EM LEVAR INFORMAÇÃO SOBRE IDOSOS A TODOS OS INTERESSADOS, PROCURANDO A MELHOR FORMA DOS LEITORES ENTENDEREM O QUE DIGO AO TENTAR ME EXPRESSAR.GOSTARIA MUITO DE CHAMAR A ATENÇAO SOBRE OS NOSSOS IDOSOS ,SUAS CARENCIAS PRINCIPALMENTE AFETIVAS,POIS NORMALMENTE SÃO DEPRESSIVOS...Gostaria que pessoas que realmente se interessam pelos idosos,sigam esse blog.*Quem não tem na família ou não conhece um idoso? Depois de tempos trabalhando com eles,pude ver o quanto são diminuídos perante a sociedade e pior,na grande maioria das vêzes agredidos e até mesmo pelos próprios familiares que deviam protegê-los contra isso.acho que esquecem que se não morrerem cêdo,envelhecerão e sabe Deus como serão tratados!Se você tem AMOR,RESPEITO e CARINHO pelos IDOSOS,esse BLOG é seu também! * * "Os velhos são sábios, pois a idade traz a compreensão Jó 12:12”. .

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Depressão na terceira idade

Contar várias vezes aquela velha história da família, perder o sono e o apetite. Por falta de conhecimentos, sinais como estes têm sido erroneamente associados à demência entre idosos. No entanto, em muitos casos eles são indícios de que a pessoa com mais de 60 anos apresenta um quadro depressivo característico. “O erro ocorre porque os sintomas de depressão em pessoas na terceira idade são muito diferentes dos apresentados entre a população mais jovem”, disse o psiquiatra Fernando Gazalle à Agência FAPESP. Autor do artigo Sintomas depressivos e fatores associados em população idosa no sul do Brasil, Gazalle afirma que a depressão é bastante difícil de ser mensurada já que seu quadro é composto por sinais que traduzem sentimentos de diferentes intensidades.

Disposto a determinar a freqüência de alguns sintomas da doença em idosos moradores do município de Pelotas, Gazalle, que fez seu estudo na Universidade Federal de Pelotas, elaborou um questionário inédito na literatura médica. A partir de um levantamento censitário foram entrevistas 583 pessoas das 612 possíveis, sendo o percentual de perdas e recusas de 4,7%.Os entrevistadores quiseram saber se no mês anterior à pesquisa os idosos da cidade sentiram, durante a maior parte do tempo, tristeza, ansiedade, perda de energia, dificuldade para dormir, tiveram “ruminações” sobre o passado – como os pesquisadores denominaram a atitude de relembrar episódios da vida –, falta de disposição no cotidiano ou acharam que os familiares davam menos importância às suas opiniões do que quando eram mais jovens. A pesquisa também levou em consideração variáveis como sexo, idade, situação conjugal, escolaridade, envolvimento em atividades remunerada, comunitária ou esportiva e morte de familiar próximo nos últimos anos.A média de sintomas depressivos por participante foi de 3,4, sendo que o mais freqüentemente relatado foi a falta de disposição para realizar atividades habituais (73,9%). A reclamação menos freqüente foi a de que as opiniões do idoso não são mais tão importantes para os familiares (27,6%). 
Os grupos que apresentaram maiores médias de ocorrência de sintomas de depressão foram, respectivamente, mulheres, indivíduos mais velhos, indivíduos com menor escolaridade, sem trabalho remunerado, fumantes e aqueles que tiveram a perda de algum familiar ou pessoa próxima no último ano. 
Pela alta incidência de sintomas ligados ao quadro depressivo, o estudo defende que é necessário o desenvolvimento de uma sintomatologia específica para idosos. Entre os diversos transtornos que afetam pessoas na terceira idade, a depressão é importante de ser estudada porque incapacita o indivíduo acometido por ela, tanto para o trabalho quanto socialmente. 

Aluno de doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), o psiquiatra Fernando Gazalle dedica-se agora ao estudo do transtorno bipolar. Conhecido anteriormente como psicose maníaco-depressiva, o distúrbio se caracteriza por alterações de comportamento que oscilam da depressão à euforia.

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